Uma descoberta histórica no campo da astronomia, e, por que não, da astrobiologia, deste porte não poderia deixar de ser noticiada também neste humilde canal que busca divulgar essas e outras ciências: encontramos o primeiro planeta, possivelmente habitável, parecido com a Terra!
Como a estimativa é de que, apenas em nossa galáxia, existam cerca de 17.000.000.000 (bilhões) de planetas semelhantes ao nosso, esta nova descoberta, além de concreta e importantíssima, pode ser apenas a primeira.
Devemos este marco, este achado sem precedentes, ao “falecido” Kepler. Não ao grande astrônomo mas ao telescópio espacial, que funcionou de 2009 a 2013, observando 160.000 estrelas à procura de planetas extrassolares ao seu redor. Infelizmente, o telescópio espacial Kepler se encontra atualmente inoperante devido a um problema técnico.
O novo planeta chama-se Kepler-186f e é o quinto planeta – e o mais exterior – do sistema da estrela anã Kepler-186. Foi descoberto, como centenas de outros planetas extrassolares, pelo método dito dos trânsitos, que detecta as diminuições periódicas da luminosidade das estrelas causadas pela passagem de planetas à sua frente.
Localizado na constelação do Cisne, a cerca de 500 anos-luz da Terra, estima-se que o diâmetro de Kepler-186f é apenas 10% maior do que o da Terra – o que sugere fortemente que é rochoso. “As hipóteses de [Kepler-186f] possuir uma superfície rochosa como a da Terra são excelentes”, diz o coautor da descoberta Stephen Kane, da Universidade Estadual de São Francisco, em comunicado da sua universidade.
Trata-se do primeiro planeta extrassolar parecido com a Terra que, em teoria, poderia ter água líquida à sua superfície – condição “sine qua non” para a vida – por estar situado na zona dita habitável em torno da sua estrela. Os resultados foram publicados na revista Science.
Fontes:
Ciência – Público (http://www.publico.pt/ciencia)
Exame (http://exame.abril.com.br/)